Aquele marido-de-caseira imbecil e semi-inútil* mudou-se (afff!) e o ser que me recebeu no meu trabalho hoje foi o mais detestável dos funcionários, com quem, inclusive, já tive um arranca-rábos daqueles!
(*)Semi porque tem a utilidade de encher muito mesmo o saco!
Cheguei uma hora mais cedo que todos (trote dos diabos!), passei meio período vendo o microgotejamento maquiavélico do tempo, onde cada minuto levava meio-dia pra passar!
Chegaram as colegas, sonolentas, dispersas e desinteressadas até mesmo na minha tradicional farofa-de-ovo matutina; fomos trocando uns bom dias, uns como vais... parecia o Santanão do meu pai, heheheh... à álcool, de manhã demora muito até pegar.
O tempo que deveria ter corrido de mim, como sempre faz, se esticou (que droga!) até que pensei ter amanhecido novamente e não eram nem 10hrs ainda. Os casos e causos do nosso breve rescesso, junto com as fofocas do retorno e a relembrança das antigas já tinham se esgotado. Já haviamos falado mal de algum chefe ou colega, e estávamos ali, três mulheres ouvindo o tic-tac do relógio na parede.
Nenhuma revista pra ler, o trabalho dependendo de um orçamento que ainda não foi feito, restou-nos pensar no repertório de novidades para o período da tarde (que seria outra eternidade, já que pensaríamos na sesta no sofá e na novelinha da tarde).
Toda essa letargia me fez pensar em algo que ainda não processei muito bem:
"Será que os pensamentos e os sentimentos são térmicos?"
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