quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Geração fevereiro

Povo maldito e enlouquecido
De um frenesi desenfreado
Talvez em fuga
Ou apenas diversão
Alegria de muitos
Perturbação para outros
Gente pensando que é feliz
Pintam seus corpos
Enchem-se de doses estonteantes
Perde-se o escrúpulo
Some o decoro
Foge o pudor
Aparente euforia
Desgraça em forma de folia
Almas perdidas
Almas vendidas
Alegria traiçoeira
Felizes e sem lucidez
Destroem a própria paz

Por minutos de prazer.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Lei do menor esforço

Parece que faz um tempão que nos incomodávamos em falar a palavra 'você', trocada pelo 'cê'. Que saudade da época em que a escrita e a forma correta de falar eram nossas maiores preocupações quanto ao que isso nos levaria [achávamos que em breve falaríamos apenas as letras iniciais de cada palavra...]
Até onde essa nossa preguiça nos levará? Será que caminhamos para um oceano de ilhas humanas?
 A 'lei do menor esforço' ainda destruirá nossas relações totalmente?

A tecnologia empurrada pelas nossas goelas todos os dias [nada conta o uso consciente e necessário da mesma] tem nos levado a cortar caminhos essenciais para a manutenção da raça humana. Caminhamos para um futuro não muito distante, onde lembraremos de olhos fechados de saudosos tempos de cordialidade e contatos presenciais.
As pessoas vem perdendo para as teclas a sua capacidade intelectual, até mesmo para um simples 'parabéns' a um aniversariante. O ctrl+c / ctrl+v invadiu muito mais do que os textos que copiávamos lá na era 'windows 95'...
A originalidade está em extinção empurrada pela preguiça de pensar, aliada às facilidades do que já está pronto.
Isto tem se refletido em todos os segmentos da vida cotidiana. Por exemplo, no lar, criar receitinhas deliciosas usando o que se tem em casa parece coisa de programa de culinária. As donas de casa tem optado cada dia mais pelas latinhas, sachês e potinhos de comida instantânea. Adicionar água já parece um baita sacrifício! Com essa geração de cozinheiras de microondas ganhamos a geração conservantes: obesos, diabéticos, hipertensos, cardíacos.
Na rua, as pessoas mal se falam, cada um conectado a um dispositivo eletrônico com fone, digitando superficialidades para desconhecidos, sedentos por informações da vida alheia, ainda que seja aquela fofoca desalmada. Parece que trocamos a alma por cabos. Conectados com o universo e desconectados do irmão ao lado.
Copiar o que já está pronto é a grande tendência da moda no momento. As redes sociais estão abarrotadas de gente que compartilha o que outro compartilhou. Vazio, desprovido de conteúdo pessoal é a marca dos chamados 'status', ainda que de autoria própria, a forma de se expressar não passa de cópia.
Na música, até os ritmos se manifestam uniformes em cada gênero.
Talvez tenhamos assistido filmes de ficção futurista demais. O tão temido domínio robótico chegou, mesmo sem robôs.
Agindo automaticamente, assumimos nós humanos o papel de robôs... seres sem alma, vivendo como que programados no modo 'economia de energia'...
Um sorriso sincero, um bom dia, uma comida artesanal, uma postagem pessoal, um aperto de mãos enérgico, detalhes quase extintos, são fios que nos mantêm atados à identidade humana... até que a tecnologia os corte totalmente.
Temo e tremo por esse dia!


domingo, 2 de fevereiro de 2014

Rolinhos de Berinjela

Ingredientes:

·         Berinjela cortada em lâminas finas e longitudinais [comprimento];
·         Nata pasteurizada;
·         Mozzarella fatiada;
·         Azeitonas sem caroço;
·         Orégano;

Preparo:
Grelhe as lâminas de berinjela em pouquíssimo azeite, salpique sal sobre elas e deixe esfriar. Em seguida, uma a uma, passe uma camada fina de nata pasteurizada e coloque uma pequena fatia de mozzarella. Polvilhe o orégano e em seguida coloque uma azeitona no centro. Enrole então como um charutinho e prenda com palitos de dente para não soltar. Decore à gosto e coloque no micro-ondas por 1 ½ minutos para gratinar. Sirva quente.















*As quantidades ficam a critério.

*Receita adaptável, podendo substituir a nata por requeijão ou catupiry e adicionar embutidos, correndo o risco de não ficar tão delicioso assim. [ ;) ]

Conveniência

Não existe o meio termo. A linha divisória entre os extremos é imaginária, o que nos dá a falsa ideia de que podemos arrastá-la para mais perto de onde nos convém... Não sei se classifico isso como hipocrisia ou leviandade, ou ainda falsa ingenuidade.
O certo nunca será meio certo assim como o errado jamais será quase errado. Não há meio bom ou meio ruim.
Fomos dotados de capacidade estratégica, somos peritos em ‘dar um jeitinho’ em qualquer situação.
Talvez a maior muleta que encontramos ao longo da história tenha sido o meio termo. Ponderar, não ser radical, nada tem a ver com arrastar o “equilíbrio” para nossa zona de conforto.
Que somos perfeitamente capazes de agir com malandragem, astúcia, esperteza para amortizar nossas consciências quanto ao que incomoda, isso é fato. Atender aos reclamos subconscientes e manter incondicionalmente apenas um peso e uma medida, justos e invariáveis é o que nos torna auto superáveis.
Mas seguir padrões está um tanto fora de moda para este século. Infelizmente é menos trabalhoso adequar-se à falta de limites e medidas, do que estabelecer um ritmo sócio-econômico-espiritual e segui-lo.

Não sei, só quis dizer.
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