Acreditei que a beleza interior era mais
forte que a exterior: MENTIRA. Sem a beleza exterior, a interior chega a passar
despercebida.
Acreditei que o amor só traz benefícios:
MENTIRA. O amor suga primeiro o corpo, depois a mente e lentamente o espírito.
Acreditei que o trabalho enobrece o ser:
MENTIRA. O trabalho destrói a força, mina a alegria e desvirtua os objetivos
mais sinceros.
Acreditei que nada dura para sempre:
MENTIRA. Principalmente a dor, entre outros males, jamais acabam.
Acreditei que fazer o bem me traria o bem:
MENTIRA. Fazer o bem só me trouxe o mal, sendo, na melhor das hipóteses, taxada
de bobinha.
Acreditei que a decência era algo visível:
MENTIRA. Existe muito mais a se cobrir no invisível.
Acreditei que a lucidez era um estado
sólido, firme e seguro: MENTIRA. A lucidez é a forma mais estúpida e cruel de
loucura.
Acreditei que esforço traz reconhecimento:
MENTIRA. Só é reconhecido o que é socialmente controverso e irreal. Mais nada.
Acreditei que a ética é requisito básico
para um líder: MENTIRA. A liderança humana implica apenas em interesses
egoístas.
Acreditei que o autoconhecimento traz
convicção e esta, gera autocontrole: MENTIRA. Quanto mais autoconhecimento,
mais autodesafios. Quanto mais autodesafios, mais derrotas.
Acreditei que a solidão é um estado de
espírito: MENTIRA. Principalmente para mim, é condição permanente.
Acreditei que um alicerce profundo e firme
torna um edifício inabalável: MENTIRA. Nada é inabalável, inclusive o próprio alicerce.
E por fim acreditei que minha autoimagem é
mais importante que a opinião alheia: MENTIRA. A sociedade é implacável e maquiavelicamente
destruidora de autoconceitos.