domingo, 26 de março de 2017

O fim...





A única coisa que permanece depois do fim é o silêncio.
O fim pode ser devastador, mas também é libertador.
Quando o fim chega, com ele vem a certeza. Acaba tudo!
Tudo inclui dúvidas, decepções, angústia, tudo de ruim.
O problema é que não aceitamos bem o fim de nada.
O fim também traz consigo uma sensação de impotência, a menos que tenha sido tudo muito bom.
Mas acaba somente quando acaba, e isso é consolador, por mais medíocre que pareça.
Aí está a importância de fazer todo o possível por uma situação. Quando chegar o fim, será libertador!

quinta-feira, 23 de março de 2017

Contemplateur

Sentir sua falta me destrói...
Parece que vou morrer se não voltar a ter você. Jamais vou entender porque não consigo ter paz sem o brilho profundo dos teus olhos misteriosos, sem o sabor intenso, quente e macio dos seus lábios. Seu abraço, que me envolvia, me protegia, me acalmava. O único a me fazer adormecer em seus braços e querer repetir todos os dias. Uma dependência insana, doentia, visceral. Meu corpo vai gritar seu nome em silêncio todos os dias da minha morte - já que sem você não tenho vida. Jamais vou me sentir heroína por conseguir arrancar um sorriso maroto dessa boca linda e instigante. Meu travesseiro quase pulsa em tom de marcha, como se reproduzisse sua palpitação ofegante ao me beijar. Ver seu rosto e ouvir sua voz em pensamento tornou-se parte da minha rotina. Minha lucidez está comprometida com o prazer em te observar, nem que seja de longe. Que delícia de sofrimento!

Marcas

Ah, se eu pudesse a tudo reverter
Se ao menos conseguisse lhe dizer
O quanto sofro por simplesmente saber
Que em meus braços não vou mais te ter...


Você foi meu furacão preferido
Um tsunami tão querido
Me virou ao avesso, me feriu. Quase morro!
Marcas que me fazer sonhar e querer tudo de novo.

É incompreensível, eu sei
Desejar e preferir a contramão
Sabendo que talvez morrerei
Se ouvidos der ao meu coração

Mas marasmo e brisa dão pavor...
Viver assim, sem risco ou emoção
Vida opaca, inodora, indolor
Sem graça, sem intensidade, sem paixão.

A razão é louca e insana
De exigir certezas e quietude
Da calma se extrai a realidade
Da realidade, a tristeza nela contida
Da tristeza vêm os arrependimentos
Que são aliados do sofrimento
A beleza imponente do vendaval
Está nas marcas que mostram sua força
E provam que quem por ali passou foi real

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