terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Infelizmente!

Será mesmo inevitável o encontro com o autoquestionamento diário? 
Confusa, às vezes me oponho ao próprio reflexo em desespero por respostas que não estão expostas, ao contrário, exigem minuciosa escavação do ser.
E indago: O que será pior? Estar desacompanhada em carreira solo, ou acompanhada em desarmonia?Descobrir um segredo revolucionário ou ver-se isca da conspiração? Dedo na ferida ou flecha no tendão? Preocupar-se com o cisco alheio e desculpar as próprias traves ou engolir elefantes e engasgar-se com mosquitos? Iludir-se e frustrar-se, mas ter emoções ou manter-se indiferente e imune, mas tornar-se medíocre e frio? Errar milhões de vezes e acreditar que a insistência pode fazer uma gota d'água furar a rocha ou acomodar-se e conformar-se com a derrota diante do aparente impossível? 
Muito se ouve o clichê de fazer limonada com os 'limões' que a vida proporciona. Criatividade? Instinto de sobrevivência ou apenas lógica redundante e repetitiva? Estranho seria fazer limonada com pimenta, fogo, pólvora, lágrimas, sangue.

Mas a vida não me deu limões. Fez-me óleo na água, pra me ensinar que por amor, tenho que mexer muito e ferver tudo em volta pra obter alguma mistura com o único propósito de servir outros ingredientes na grande culinária da vida.




Distando-me da conclusão final que aparentemente andou mais um milhão de milhas, detenho-me na máxima do dia, que zomba da minha aflição ao declarar: Você não é invisível. É imperceptível, mas se vê. E antes de romper em inexplicáveis e irritantes lágrimas, frente a mim mesma respondo-lhe: Infelizmente!









2 comentários:

lindaborboleta disse...

Show de bola!

Any Reded disse...

demais amiga...

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