Confusa, às vezes me oponho ao próprio
reflexo em desespero por respostas que não estão expostas, ao contrário, exigem
minuciosa escavação do ser.
E indago: O que será pior? Estar
desacompanhada em carreira solo, ou acompanhada em desarmonia?Descobrir um segredo revolucionário ou
ver-se isca da conspiração? Dedo na ferida ou flecha no tendão? Preocupar-se
com o cisco alheio e desculpar as próprias traves ou engolir elefantes e
engasgar-se com mosquitos? Iludir-se e frustrar-se, mas ter emoções ou
manter-se indiferente e imune, mas tornar-se medíocre e frio? Errar milhões de
vezes e acreditar que a insistência pode fazer uma gota d'água furar a rocha ou
acomodar-se e conformar-se com a derrota diante do aparente impossível?
Muito se ouve o clichê de fazer limonada
com os 'limões' que a vida proporciona. Criatividade? Instinto de sobrevivência
ou apenas lógica redundante e repetitiva? Estranho seria fazer limonada com
pimenta, fogo, pólvora, lágrimas, sangue.
Mas a vida não me deu limões. Fez-me óleo na água, pra me ensinar
que por amor, tenho que mexer muito e ferver tudo em volta pra obter alguma
mistura com o único propósito de servir outros ingredientes na grande culinária
da vida.
Distando-me da conclusão final que aparentemente andou mais um milhão
de milhas, detenho-me na máxima do dia, que zomba da minha aflição ao declarar:
Você não é invisível. É imperceptível, mas se vê. E antes de romper em
inexplicáveis e irritantes lágrimas, frente a mim mesma respondo-lhe:
Infelizmente!
2 comentários:
Show de bola!
demais amiga...
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