quinta-feira, 18 de maio de 2017

Descreva: Silêncio...

Tentar descrever os efeitos do silêncio é no mínimo controverso. Um redemoinho de emoções provocadas por um agente que não se pode ver, tocar, nem mesmo ouvir.
O Silêncio tem seu momento de glória. Sim, ao calar uma discussão desnecessária; após uma manifestação exagerada de seu pior oponente - o Barulho.
Tem sua essencialidade exposta num discurso vital ( se observarmos minuciosamente fica claro que as pausas de um texto o definem melhor do que a parte escrita, na maioria das vezes); é o pai ciumento e zeloso da Atenção.
Tem seus momentos de ousadia falatória, onde sem exprimir som algum, acaba por completar frases, definir situações. Usa e brinca com as circunstâncias mais diversas.
Mas, como todo herói da vida real, o Silêncio não é feito só de glamour. Ah! Quem nos dera!
Ele pode, e de fato se torna o pior algoz da Consciência.
Provoca lágrimas de dor e muito sofrimento ao se aliar à Indiferença, sua irmã malvada.
Causa danos e perdas ao se unir ao Medo, um amigo oportunista.
Quando se aproxima da Ausência, sua professora, produzem uma fórmula cruel chamada Saudade.
Sim, e às vezes ele se torna insuportável. Como se gritasse em fúria, implorando por qualquer som.
Enfim, não muito confortador, mas verdadeiro é afirmar, que de qualquer forma, o Silêncio é sempre útil e indispensável.
Eu avisei que era controverso!

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