No
mundo ideal, nem que seja pela ética ou etiqueta, por assim dizer, há de se ter
pelo menos respeito pelas emoções.
Se
a mulher tem TPM, por exemplo, dê-se-lhe remédio, ou que se lhe traga um
chocolate. O mau humor ou a sátira não lhe curarão a dor, muito menos fa-la-ão sentir-se compreendida.
Se
um adeus custa lágrimas a uns; os que não choram não precisam mimá-los ou lhes
secar as lágrimas, apenas que se lhes seja dado o seu momento como um direito.
A
luz de um luar não é tão exuberante à vista de todos, mas sempre tem quem o
saiba admirar; nem por isso deve ser ridicularizado.
Mas
certos desajustes comportamentais contemporâneos se dão exclusivamente pelo
desapego ao altruísmo e pelo culto ao ego.
De
maneira que haveria muito maior tolerância e afetos, tão cobrados pelos mesmos
hipócritas que minimizam as emoções alheias; se ao invés de desproporcional
indiferença, tomasse lugar em cada coração o sentimento de irmandade.
Nesse
ponto temos desapontado até mesmo os tão aclamados “ancestrais primatas”, já
que numa comunidade de macacos, uns cuidam dos outros.
Assim
como o ser humano, tão humano quanto é capaz de ser, talvez não reencontre o
caminho de volta ao próprio coração.
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