

Crianças estão deixando de crer
no Papai Noel por falta de provas de sua existência. As criancinhas são
inteligentes o bastante pra saber que sem magia, não pode existir o Papai Noel.
Estou começando a achar que fomos
enganadas... Os homens não existem. Se existe um homem de verdade, que se apresente.
Estamos habituadas a conviver com uma espécie de machos que mal se comunica, usam uma linguagem diferente da nossa:
de tudo o que dizemos, eles só conseguem captar “sexo”, ainda que nada dissermos sobre o assunto.
Eles por sua vez, só falam o que leve a sexo, só fazem o que os leve a sexo. Para eles somos veículos de seu prazer e só. É uma guerra contra os ocupantes dessa condição que travamos a cada dia. A sobrevivência dos poucos exemplares de homens de verdade que nos restaram está por um fio,
seja pelo tempo (afinal já são idosos) ou pela sufocação social. Depende de nós
mulheres difundirmos em nosso lar esse legado sagrado aos nossos exemplares, seja
filhos ou companheiros.
Digamos a eles que podem sim chorar, só não
podem ser chorões e emotivos em excesso. E sobre o futebol, que falem, gritem, xinguem; mas no momento do jogo e só.
O assunto é mulher? Então falem, elogiem, desejem, mas respeitem a pessoa da mulher. O verdadeiro homem conversa sobre o mundo,
sobre tudo, sabe o que diz, cultiva bons assuntos.
Digamos também que eles podem ser divertidos sem serem capciosos, podem ser durões sem serem
insensíveis, serem cultos sem se tornarem esnobes, podem cuidar se seus corpos sem serem frescos. Se desejarem podem ser gentis, cavalheiros, elegantes, agradáveis. E com certeza podem continuar sendo másculos, sem serem vulgarmente machistas. Não custa tentar, ou pelo menos sonhar com a volta dos nossos adoráveis homens ao convívio social. Se nada fizermos, lgo o homem se extinguirá.
Como pude me envolver
tanto tão rápido?
Que mistério para um
coração petrificado pela dor
Entregar-se assim com
tanta rebeldia
Não quero pensar em
você
Não quero lembrar esse
beijo
Esse olhar faminto
Então me diga que fez
de propósito
Pra eu me sentir
melhor
E diga também que me
iludiu
Pra eu poder me sentir
menos fútil
E fale também que vai
passar assim como começou
Pra eu não me afundar
ainda mais
E seja superficial,
mas não indiferente
Seja distante, mas não
frio
Perca meu endereço
Só pra ver se eu te
esqueço
E consiga talvez me
conformar
Com o vazio que a
falta desse calor só seu
Vai cavar no meu eu
Tire de mim as
palavras “E” e “SE”
Juntas elas só fazem
piorar
Não sou a vítima desse
crime
Mas também não sou o
bandido
Talvez uma testemunha ocular
De como o a paixão é
perigosa
Mal acende já pega, e
se não cuidar... Destrói.
Um fogo que arde sem
queimar,
Consumindo-me
novamente até que a razão venha me salvar.