Não existe o meio termo. A linha divisória entre os
extremos é imaginária, o que nos dá a falsa ideia de que podemos arrastá-la
para mais perto de onde nos convém... Não sei se classifico isso como
hipocrisia ou leviandade, ou ainda falsa ingenuidade.
O certo nunca será meio certo assim como o errado jamais
será quase errado. Não há meio bom ou meio ruim.
Fomos dotados de capacidade estratégica, somos peritos em
‘dar um jeitinho’ em qualquer situação.
Talvez a maior muleta que encontramos ao longo da
história tenha sido o meio termo. Ponderar, não ser radical, nada tem a ver com
arrastar o “equilíbrio” para nossa zona de conforto.
Que somos perfeitamente capazes de agir com malandragem,
astúcia, esperteza para amortizar nossas consciências quanto ao que incomoda,
isso é fato. Atender aos reclamos subconscientes e manter incondicionalmente
apenas um peso e uma medida, justos e invariáveis é o que nos torna auto
superáveis.
Mas seguir padrões está um tanto fora de moda para este
século. Infelizmente é menos trabalhoso adequar-se à falta de limites e
medidas, do que estabelecer um ritmo sócio-econômico-espiritual e segui-lo.
Não sei, só quis dizer.
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