sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Nem tudo são flores. ...

 Se alguém  algum dia ler isso,  saiba que estou em sofrimento. ...

Ainda que não se importe, saiba que  não encontrei nada  bom e luminoso no "mundo ", que o sofrimento  seca meus ossos  pelo mal que muitas vezes escollhi sem pensar nas consequências. Nem nas pessoas que também sofreriam, já que ninguém é uma ilha.  

Se você estiver lendo isso e me conhece, saiba que poucas coisas doem mais que ver pesssoas que são  suas referências, desistindo ou cansando de esperar a perfeição que jamais virá. 

Se não me conhece saiba que isso vale pra você também,  e que não,  não pretendendo tirar minha vida ou coisa assim,  apenas escrevo para registrar o sofrimento. 

O sofrimento alheio costuma passar desapercebido  a menos que seja socialmente catastrófico.  O que é  um mal quase pior que o próprio sofrimento.  

Ignorar o sofrimento não  acaba com ele. Ele tem vários pesos, vários tamanhos, vários formatos. O sofrimento é  como o pecado. Cada um tem o seu, cada um o sente ou o carrega de uma forma. Não é porque uma mosca não te incomoda que ela não é  um sofrimento quase mortal para alguém. 

Neste momento,  alguém que você ama ou desconhece sofre a gotas de morte talvez até mesmo ao seu lado e você, ou não sabe, ou não  se importa e pode perder a oportunidade  única de salvar alguém  de uma depressão,  ou de um quadro de angústia,  ou da morte.

E é  tão fácil  ajudar a  diminuir o sofrimento. ...

Basta mostrar de qualquer forma.  Qualquer mesmo. Mostrar que você se importa. 

Sermões,  lições de moral  e afins  não  ajudam e ainda apimentam o quadro com a culpa  ou a raiva.

Não,  o sofrimento em nenhum aspecto  é bom. Nem mesmo útil.  Apenas corrosivo e letal.

O maior ser humano da história  morreu de  sofrimento  e bem poucos se importaram.

O problema de se importar com o sofrimento alheio  é  que isso também é sofrer.

Círculo vicioso? 

Não sei. Prefiro pensar em empatia.

Neste momento, o meu sofrimento  me faz querer desistir. De tudo. De todos. 

E o seu?

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