Se alguém algum dia ler isso, saiba que estou em sofrimento. ...
Ainda que não se importe, saiba que não encontrei nada bom e luminoso no "mundo ", que o sofrimento seca meus ossos pelo mal que muitas vezes escollhi sem pensar nas consequências. Nem nas pessoas que também sofreriam, já que ninguém é uma ilha.
Se você estiver lendo isso e me conhece, saiba que poucas coisas doem mais que ver pesssoas que são suas referências, desistindo ou cansando de esperar a perfeição que jamais virá.
Se não me conhece saiba que isso vale pra você também, e que não, não pretendendo tirar minha vida ou coisa assim, apenas escrevo para registrar o sofrimento.
O sofrimento alheio costuma passar desapercebido a menos que seja socialmente catastrófico. O que é um mal quase pior que o próprio sofrimento.
Ignorar o sofrimento não acaba com ele. Ele tem vários pesos, vários tamanhos, vários formatos. O sofrimento é como o pecado. Cada um tem o seu, cada um o sente ou o carrega de uma forma. Não é porque uma mosca não te incomoda que ela não é um sofrimento quase mortal para alguém.
Neste momento, alguém que você ama ou desconhece sofre a gotas de morte talvez até mesmo ao seu lado e você, ou não sabe, ou não se importa e pode perder a oportunidade única de salvar alguém de uma depressão, ou de um quadro de angústia, ou da morte.
E é tão fácil ajudar a diminuir o sofrimento. ...
Basta mostrar de qualquer forma. Qualquer mesmo. Mostrar que você se importa.
Sermões, lições de moral e afins não ajudam e ainda apimentam o quadro com a culpa ou a raiva.
Não, o sofrimento em nenhum aspecto é bom. Nem mesmo útil. Apenas corrosivo e letal.
O maior ser humano da história morreu de sofrimento e bem poucos se importaram.
O problema de se importar com o sofrimento alheio é que isso também é sofrer.
Círculo vicioso?
Não sei. Prefiro pensar em empatia.
Neste momento, o meu sofrimento me faz querer desistir. De tudo. De todos.
E o seu?
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